segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Sensorial



Existem sensações que não merecem explicação, elas estão em outro patamar; o sensorial. É assim minha relação com o mar e seus mistérios, desde a água salgada que saborisa a pele, a sua espuma branca que lava a alma ao explodir suas bolhas minúsculas em meu cansaço; é uma massagem sem mãos.Ainda há os pés descalços na areia, uma conexão que me traz paz e me leva além.


É certo que cada um tem sua ligação com algo mágico que a natureza proporciona, basta descobrir e se dar a oportunidade de encontrar a paz. 

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Escapulário



Há alguns meses comprei um escapulário, me surpreendi com o escurecimento da prata sempre que o uso, o que me faz limpá-lo com frequência. No início pensei em deixá-lo cair em desuso, mas algo que até então não sabia me impedira. Após torná-lo parte de mim, percebi que, assim como ele existem vários sentimentos em nossas vidas que necessitamos polir, limpar e não simplesmente deixar de usá-los, muitas coisas deixamos a sujeira do descaso apagar o brilho. Meu escapulário me fez entender que todos o sentimentos que trago, nobres ou não, carecem de minha atenção, de meu carinho, merecem ser limpos, para que evoluam e me faça melhor.

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Silêncio


Quando descansamos em um abraço, 
Quando em silêncio observamos quem amamos, 
Quando caminhamos ao lado escutando o coração bater, 
Quando acordamos primeiro e ficamos quietos velando o sono,
É durante esse silêncio que o amor se instala,  se expande, fica forte e muda nossas vidas.  

As palavras nem sempre são necessárias !

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

A Vida Em Minutos!

 

Viverei um século, isso é o equivalente a mais de meio milhão de minutos. Sabendo disso, montei um grande relógio que gira de forma decrescente. Fiz isso para ficar mais evidente que o tempo não para, e que meus minutos diminuem a cada dia. Sendo assim, passei a viver meus minutos como se fossem meus dias, meus segundos como se fossem minhas horas. As coisas simples de minha vida passaram a ter mais importância, as pequenas coisas tomaram lugar das que eu julgava serem grandiosas, as grandiosas passaram a ser conseqüência das pequenas. Nesse instante percebi que tudo mudou de fato, e meu relógio, que não deixa de retroceder, nem percebo mais.

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Presente



Hoje quero te dar um presente; o de poder transformar sua vida através de um pensamento de mudança.

Pense rápido, e comece a desfazer sua casa desde o primeiro acorde desse pensamento.
Quero que o brilho mágico da oportunidade de começar de novo, anule qualquer sentimento que te traga medo, tudo será traduzindo em esperança por um mundo verdadeiramente novo.

Estando seus olhos iluminados feito farol, é hora de iluminar cada objeto, cada peça de roupa, cada quadro, livro, cd, cada fotografia emoldurada ou não, tudo que você iluminar com seu olhar e refletir luz para você coloque em sua mala. Leve também, o que fizer suas lágrimas caírem feito estrela cadente. Há memórias que serão sempre suas, fazem parte do que te fez ser hoje, por mais que as pessoas que as construíram contigo, já não dividam mais os dias com você, elas te pertencem, te fazem melhorar o que por ventura, não tenha sido suficiente - entenda isso!

Agora, o que te trazer aperto no peito, e te fazer miúdo diante da lembrança, você irá arrumar em uma cesta, a melhor, a mais sofisticada que você tenha em sua cozinha, em seguida leve ao mar, peça de coração aberto, com todo amor que você tenha na alma, que as ondas levem e te liberte de todo aperto e angustia, para que quando elas retornem tragam apenas amor e a certeza de que o ciclo se fechou. Para que você sinta no molhar dos pés, a clarividência de que realmente é hora de começar tudo de novo, sem aperto, sem angustia, sem dores.

Malas prontas - é chegada à hora de abrir a porta e olhar dentro de sua alma. É chegada à hora de descobrir que você foi feita (o) para ser feliz, mesmo que para isso precise mudar um milhão de vezes.




sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Velas, Barco e Mar


O vento soa, e as velas se abrem como um pulmão a respirar.
Vejo o mar lindo, um barco forte imponente que rasga as ondas com altivez.
Hora guio, hora deixo que o vento levar, sem medo, certo de que chegarei em praias que eu mereça estar; e tem sido assim.
As vezes, mesmo sob forte tempestade meu barco desliza, minhas velas se abrem e embalam meu coração. Surpreso, percebo que nessas horas eles dançam na chuva, fazem da tempestade um soneto.
Quando chego na praia, sento, e bobo admiro as cores das velas e a beleza solene desse barco que é meu. 

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Salitre




Existe uma beleza que chega no olhar, no abraço que cuida, no bom dia sorridente e na energia que contagia. Ela tem um amor que fala no silêncio, no respeito que enobrece cada ação. Uma beleza que vai além da pele e  do olhar imediato, ela vem da voz que acalma, que quer fazer parte a vida inteira. O problema é que nem sempre enxergamos, nem sempre nos damos a oportunidade de ver as pessoas como elas são de verdade, e isso é parte do que queremos, parte de qual beleza procuramos, se a beleza que o salitre consome como ao ferro, ou se a beleza que a vida lapida, e faz nobre a cada janeiro que chega.


terça-feira, 28 de julho de 2015

Caixa Estupida



Talvez minha estupidez tenha sido montar aquela caixa, tenha sido depositar nela meus discos para escutar os seus, embora adorasse suas músicas, as minhas me traziam um sentimento de entrega, me faziam abrir um vinho e apagar as luzes.

Talvez tenha errado em ter depositado naquela caixa meus braços, numa perspectiva de estarem sempre abertos. Quantas vezes precisei fechá-los na esperança de encontrar em seu um conforto, um tantinho de paz. Nunca encontrei.

Minha estupidez maior foi ter pensado que o amor sobreviveria a solidão a dois, percebi que não, ele acabou, padeceu. Como se não bastasse, fui mais estupido ainda quando alimentei meu coração com essa  certeza de amar por dois. Hoje imbuído dela, tudo é fome, apesar de saber que será apenas enquanto for semente. Em breve uma nova colheita me permitirá quebrar a caixa, por enquanto, vou me contentando com a imagem das mudas verdes, que aos poucos tomam tudo que se faz cinza em meu peito.

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Alimente-se


“SOMOS O QUE ALIMENTAMOS”

E do que temos nos alimentado? 
Uma frase filosófica e carregada de metáfora, mas que provoca uma inquietude salutar. 
Se não nos alimentarmos do que a vida tem de melhor, seremos o que para o outro, e principalmente: seremos o que para NÓS? 
Você já pensou sobre isso?
Aqui não estou falando da hipocrisia de pregar a santidade e quebrar a imagem sacra quando a escuridão te protege. Falo da pessoa que você é de fato, sem mascara alguma. 

Então do que você quer ser alimentada(o)? 
Do ódio que amarra o outro num poste, e o espanca até beber a última gota de sangue, depois fotografa e compartilha sem parar, a ponto de perder a digital? 
Vamos nos alimentar da infância e humanidades perdidas, de quem não teve uma vida humanizada? 

Ou você prefere alimentar-se de uma oportunidade que permita ver o outro através uma perspectiva humanística? 
Ou você prefere ser alimentado por uma esperança diária real, exercida por você em seu quadrado, pelas pequenas ações que faz de seu dia, e do dia de quem estar ao seu redor melhor? 
Eu, você e cada um de nós podemos escolher o alimento, podemos escolher qual será o fruto que nascerá.

Somos livres, você escolhe, não depende do outro.








segunda-feira, 29 de junho de 2015

Colheita



Nossa vida é feita de escolhas, e nossas escolhas manifestam-se em nosso processo de colheita.
O que devemos entender é que parte do que brotar em flor, teremos que deixar pelo caminho, não conseguiremos levar tudo em nosso cesto da vida, um processo necessário para que nossa felicidade seja construída de forma sólida, intensa porém suave.
Haverá etapas difíceis durante nossa colheira, evidentemente que deixar pessoas que amamos, livros que gostaríamos de ter lido, músicas que gostaríamos de ter dançado, poemas que seria um prazer ter escrito, não é fácil.
Mas, se nos abstermos dessas escolhas, ficaremos ancorados com a sensação de que temos todos os amores necessários para que sejamos felizes,  o problema é que não saberemos como vivê-los, faltará sempre a leveza e a sabedoria que nos faz voltar a ter asas. 

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Inverno!



Sempre espero o inverno com muita ansiedade;
Primeiro, pela atmosfera, a beleza e o aconchego singular que ele traz.
Segundo, pela possibilidade de sentir nas mãos a neblina que cai cedo aos redores da casa, e nos deixa escrever nos vidros dos carros nossa poesia.
Terceiro, posso afirmar o quanto é bom fugir da cama cedinho, ainda enrolado aos lençóis, me jogar na poltrona da varanda e despertar junto com as árvores, que de longe balançam suas copas para mandar a neblina ir embora.
Quarto, pela certeza de que mesmo havendo mil lençóis em nossa cama, se não sentir seus pés roçando nos meus não haverá calor.
Em quinto, te dizer que poderia ficar aqui enumerando mil razões que me fazem tão amante do inverno, mas o cheiro do bolo de aipim e as árvores com suas copas quase nuas, denunciam que é chegada à hora do café da manhã.

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Sem Pressa



Com o passar dos anos percebemos que não temos controle sobre nosso tempo, sobre nosso desejo, muito menos sobre nossos corações.
Quantas vezes nos preocupamos com o futuro, como se fosse possível prevê-lo.
Quantas vezes juramos ser amor para sempre, e nossos corações mudam-se de peito.
Quantas vezes desejamos seguir em frente, e a vida nos leva por outros caminhos.
Portanto não se desespere, busque ser leve, viva os dias e seja o agente modificador de seu próprio destino, cabe a você e a mais ninguém, essa missão é sua.
Não se apresse, porque a pressa queima os lábios de tal forma, que nos impossibilita sentir o sabor do que a vida tem a nos oferecer.  

Sigamos, mas sigamos sem pressa!

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Senhor da Guerra


Viver em  tempos de desamor e avidez voraz pelo ter e pelo poder , é viver frente a frente com a pior face do homem, uma face que se revela forte, persuasiva e devastadora, que tenta anular qualquer face humanitária. Ele quer ser senhor absoluto.

Um senhor de uma guerra contemporânea, que alimenta-se das almas humanas, dos sorrisos e dos primeiros passos que você deixa de ver, da companhia dos amigos que você abdica, e da mão que você não estende. Ele se alimenta dos momentos que dinheiro, poder ou concreto jamais construirão.

Alimenta-se do sangre que escorre vestido de suor, dos dias corridos de trabalho escravo, onde os grilhões que te aprisionam vem em forma do desejo de consumo. Ele é tão perverso quanto os senhores de escravos da era colonial, porém hoje não escolhe etnia, basta que você tenha no coração o desejo efêmero e insensato pela posse e pelo desejo de ser parte.

É contra essa guerra, é contra esse senhor que trago nos olhos e nas pontas dos dedos, um desejo desenfreado de destituí-lo. Para isso sigo apresentando um mundo ao seu avesso, onde viver na ponta do lápis e falando de amor é a arma para desapoderá-lo, de levá-lo a definhar e devolvê-lo ao pó.

terça-feira, 9 de junho de 2015

DNA





Sou feito do doce e do salgado,
Meu equilíbrio se dá no abraço bom,
Em seu olhar de mar, nos afagos de carinho,
Nos amores que surpreendem e que chegam mudando tudo.

Sou feito de sonhos iluminados por estrelas,
Um me provoca e me faz acordar todos os dias,
O outro me mostra por onde ir, iluminando meu caminho feito farol

Sou feito de sol e de vento,
Um compõe os mais belos cenários para meus quadros ao se pôr,
O outro me faz bater asas e voar vida a fora.

Sou feito de sorrisos e nuvens de algodão,
A vida necessita de graça e leveza,
Se assim não for, não serei eu,
Não acordarei, não seguirei,
Simplesmente mudarei os sonhos e o rumo de minha historia.

sábado, 6 de junho de 2015

Senhor do Tempo


Por você e para estar com você gostaria de ser o senhor do tempo. Acelerar os dias para te ver mais rápido, e  multiplicar as horas da noite, para ter você comigo por mais tempo. Para além de te amar, escutar mais seu sorriso de cócegas quando roço minha barba serrada em seu pescoço. Ter mais tempo para sentir o mundo parar, quando você faz de meu peito seu lugar no universo. Degustar você como vinho, sem pressa, sentindo o aroma e as notas que te fazem música para minha alma. A Tempo cruel, o que faço para ser teu senhor? O que faço para que você não deixe longe de mim meu amor?

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Zero, Um , Dois, Três, Quatro



O relógio marca zero hora, já não suporto o sofá, então me arrisco em ir para cama, rolo para um lado, para o outro, mas o sono não vem. 
O relógio agora marca uma hora da manhã, acendo um cigarro, abro a janela, vejo o céu iluminado, mas o sono não vem.
Em meio a minha inquietude, pego um papel e uma caneta, escrevo minha angustia, mas é em vão, já são duas horas da manhã e o sono não vem.
Ligo o som escuto uma música; a ideia não foi boa. A música que tocava no rádio era uma que você gostava, já são três horas da madrugada, percebo que o sono e você não virão.
São quatro horas da manhã, resolvo sentar-me no jardim, vou esperar o sol nascer, suplicar que ele   traga uma luz de como trazer você de volta para mim.

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Fósforo



Quero ver você sem filtro, sem nada que impossibilite ver você de verdade, quero que haja a possibilidade de ver você de dentro para fora, sentir como percebes o mundo, o outro, o que te faz caminhar, quais seus temores, qual sua fé, quais seus amores. Descobrir qual o alimento que te faz tão lind@ mesmo na escuridão de um mundo de superficialidades. Quero ser o fio condutor dessa energia que me fez acender, ser o combustível que envolve a combustão. Quero e, ansioso aguardo que você risque o fósforo!

Aos Quatro Cantos


Para falar do que me move sou silencioso como um trem descarrilhado, não tenho medo do amor, tampouco de dizer que amo, essa afirmação me fortalece, entendi? Me faz diferente do comum, me faz maior que a própria caminhada. Para plantar meus sonhos torno-me migrante se preciso for, esperar a chuva chegar pode representar o fim de tudo que planto e plantei. Para me manter em metamorfose, uso todas as tintas, de todas as cores, de qualquer etnia, não suprimo amores.


sexta-feira, 29 de maio de 2015

Pertencente



Te sentir desconcertada quando finto meu olhar no teu,
É o sinal evidente de que sou eu quem faz seu chão sucumbir. 
Sentir seu corpo trêmulo quando te pego nos braços e te beijo,
É a certeza de que seu lugar é aqui grudada a mim.
Sentir seu sabor tomar minha saliva,  mesmo quando você esta ausente, 
É meu sinal de que pertenço a você.
Sentir meu coração pujante ao escutar seus passos no corredor,
É o sinal de que é hora de desligar as luzes do dia...........
 agora sou só eu e você!

terça-feira, 26 de maio de 2015

Rasgável




Pode até me faltar o alimento em dias difíceis. O que peço, é que nunca me falte o amor, pois é ele quem alimenta o desejo de alimentar a fome e os anseios da vida. É ele quem nos traz a força necessária para enfrentar os dias difíceis, de sorrir do avesso, de seguir leve sentindo o que ninguém jamais sentirá, percebendo o que ninguém jamais perceberá. É ele quem nos faz ir por ai, mas nos faz voltar sempre, voltar para onde o amor está e, mais uma vez beber do seu alimento. Viver sem ele é viver com o coração fragilizado, rasgável,  como um trapo que fácil é dilacerado, basta o forçar das mãos!

quinta-feira, 14 de maio de 2015

Quintal



Descobri que cada limite que me imponho polda um pedaço do que quero que se faça árvore.
Descobri que cada janela que fecho com medo do que o vento trará, sufoca meu desejo de respirar.
Descobri que as boas energias magnetizam com coisas e pessoas do bem.
Descobri que há bem mais terra em meu quintal do que um dia imaginei, ainda há muito o que cultivar, muito fruto doce há ser colhido, muitos sonhos a serem realizados, muitos sorrisos a serem compartilhados, muitas historias a serem contadas e, umas tantas outras a serem escritas. 
Continuarei a usar a mesma caneta, essa cheia de amor, de verdade, de leveza, repleta de felicidade. Continuarei,  mesmo que caminhe em contramão ao caminho de quem não vê mais quintal.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Irrefutável


O toque físico, a carne e o corpo podem até ser finitos, mas o amor não, ele não envelhece nunca, não desanima, não ver nos dias o fim. É desse amor que me alimento todos os dias, faço desse velho amor novo a cada segundo, retomo o ar sempre que te pego nos braços. Aprendi que ele é perfeito, se faz daltônico sempre que é verdadeiro, é sonhador na essência, despretensioso, irrefutável, é apenas amor e fim!  


sábado, 21 de fevereiro de 2015

Natureza Minha



Nunca pensei em desistir, mesmo nos piores momentos, o máximo que faço é lavar com choro, ele me livra da estupidez que me leva a cegueira do impossível, então o que não é solúvel deixo, entrego ao tempo e ele faz virar pó. O certo é que toda noite vira dia, não há noite que dure para sempre, as nuvens passam e o sol sempre vem, saiba disso! O único sentimento eterno é, e sempre será o amor, seja enquanto arde, seja quando é apenas fagulhas que aquece e alimenta nossas almas, hoje e sempre.

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Ventre!


Andar descalço me faz sentir parte dessa conexão que move o mundo, é possível sentir o que vem do ventre da terra, o que faz cada planta germinar, o que nos traz o fruto, a sombra, o caule o pão e o linho. Aguça minha respiração, me permite sentir o cheiro do mato verde, que traz consigo um ar frio que gela a ponta de meu nariz. Minha pele então arrepia e com sede, pedi o aquecer do sol e a brisa que assopra em nosso pescoço nos dizendo bom dia!

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Neve Negra


O tempo passa rápido pela janela do carro e o cheiro da cana de açúcar toma tudo, com ele vem às lembranças do pó que tomava o céu feito neve, uma neve quente e negra, acesa por mãos calejadas que riscara o fósforo. Um pó que tudo pintava, inclusive os rostos e os corpos de quem sentia na carne o corte da palha feito navalha, cortando os sonhos de quem ali se vê preso como se houvessem grilões, mas mesmo assim seguem numa batalha diária entre a foice, a cana de açúcar, o sol e o pão.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Toda Fé



A vitória não pertence e  nunca pertencerá a quem faz da fé um negócio;
Não será de quem faz do sonho alheio um trampolim;
Tampouco a quem pensa que a luz dos olhos não ilumina  a escuridão!