segunda-feira, 22 de julho de 2013

Gran Nada!




Espero que um dia você perdoe minha insensatez. Talvez você consiga perceber que a fortaleza que construí, criei pensando em minha defesa, estava cansado de ver meus sentimentos serem levados por quem descobria o quanto eles faziam bem.
As pessoas levaram pedaços de mim, algo precisava ser feito, resolvi então fazer guerra, criei trincheiras e me dediquei à defesa.
Você conseguiu vencer todos os mecanismos de defesa que construí. Aos poucos as detonações soavam mais próximas de mim, sentia minha alma tremer e, feroz ela buscava mais defesa, mas contra você nada funcionou; você foi indefensável. A essa altura meu coração já era seu, se rendeu.
Você chegou ferida, machucada. Cada trincheira que você ultrapassava pedaços de sua obstinação ficava pelo caminho, olhou em meus olhos e suave falou: “sem amor não há vida”.
Hoje aqui estou sem forças, para levantar um grão de pólvora se quer, de punhos abertos, de alma limpa e iluminada pela luz de seu olhar.
Peço a Deus que você tenha levado um pouco de meu coração e, que unido ao seu, ele faça você perceber que sua missão não era apenas de me desarmar.

Sei o quanto você esta ferida e, como gostaria de retribuir o que você fez por mim, mesmo que depois você seguisse sua nobre jornada, de libertar os homens de suas prisões.

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