quarta-feira, 31 de julho de 2013

Flor do Leão




Enquanto sentir o peito apertar e os olhos lacrimejar, saberei que há vida correndo em minhas veias. Enquanto o corpo tremer e o chão faltar, haverá um coração que pulsa e anseia pela vida. Enquanto puder sentir o vento aliviar o calor ou trazer a chuva ao meu encontro, serei guerreiro do amor e da paixão. Enquanto puder dobrar o joelho no chão haverá fé. Enquanto puder sentir a seda da pele através de minhas mãos, enxergarei o outro como imagem e semelhança. Mandarei flores aos vivos e lutarei pela tolerância. Enquanto houver alma, gritarei ao mundo que não é porque vivemos em cárcere, ilhados, que nos tornamos superiores, ou muito menos imortais. Quando é que perceberemos que dar as mãos é muito mais que um cumprimento? Quando aprenderemos que é o bom dia que abre para nós as portas do dia? Será que um dia perceberemos que o que deixaremos de legado é o conhecimento, conquistado no aprender e no ensinar? Quando deixaremos que nossos olhos vejam, que fazendo pelo outro, de coração limpo, é a melhor forma de fazermos por nós? Quando perceberemos que nós somos passageiros dessa nave mundo, pequenos grãos de areia que um dia voltará ao pó? Tomara que antes disso, todos percebam que é o amor que nos faz ser vida.



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