Às vezes os pés cansam,
resultado claro dos caminhos que escolhi, outras tantas vezes os olhos
lacrimejam diante das complicações de quem atravessa esse caminho e, por
estarem sem rumo apertam essa estrada, se embaraçam em um caminhar que não lhes
pertence. Outras vezes o coração se faz miúdo diante das dificuldades estruturantes
de necessidades mitificadas. Às vezes a voz se cala, diante de gritos que
afastam o desejo de evolução do amor, além de outras tantas vezes o julgamento maltrata.
Mas estar sob minha pele é tarefa que não se quer, porque é necessário coragem para
dar os passos que dei, para guardar as memórias que guardei, os amores que abrigo
e abriguei, os abraços que ganhei e outros tantos que perdi, é preciso no
mínimo ser sonhador para enxergar além do horizonte toda lindeza que a vida
tem reservado para seguir forte, reto e cheio de sementes de amor que aprendi a
semear por onde passo.

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