De repente me vi imerso a um mar de memórias que levou cada sentido meu para além do que pensei ser realidade. Naquele momento perdi o controle sobre mim, o coração ficou miúdo, as mãos gelaram, os olhos marearam e tudo se fez choro. Foi assim que fiquei quando a porta do meio do ônibus foi aberta e aquele senhor subiu abraçado a sua sanfona. Ele sentou em uma das cadeiras amarelas, reservadas para pessoas especiais, e em um lamento de quem ganha a vida nos ônibus da cidade cantou um das músicas que te trazia sorrisos, te fazia sentir a vida e tudo de melhor que ela representava para você, memórias que sei que, vez ou outra me sequestrará pelos encontros da vida, memórias que me trazem força e me fazem seguir, por mim, por você e por tantas outras memórias que me motiva a cada segundo de meus dias.

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